quinta-feira, novembro 25, 2010

Rimas pobres para um coração parado

Aqui jaz um coração
Batia alucinado dentro do peito
Sem enxergar nenhum defeito
Tinha só amor e adoração

Deu uma virada em sua vida pacata
Quando achou alguém para gostar
Transformou-se em acrobata
Para conseguir se controlar

O vai e vem de seu amor
De acrobata a trapezista
Bem rapidamente o transformou
Segurava um trapézio que sumia sem deixar pista

Chegou, então, o dia fatídico
Sem mais explicações
Seu apoio fez-se fluídico

Evaporou
Deixou um buraco
Um rombo
Um tambor que agora batia fraco

Chorou, soluçou, despedaçou
O tempo passou e não curou
A doença se espalhou

Batia desequilibrado dentro do peito
Com cadência cada vez menor
Aceitou de bom grado a tranquilidade do seu leito
Leito que acabou com toda aquela dor

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