domingo, setembro 12, 2010

Para sobreviver

Como eu gosto dos meus textos antigos. Eles me mostram quem eu sou de verdade, me mostram que minha essência permanece a mesma. Inalterada. Minha essência melancólica, minha essência saudosista.

Antes de começar a ler as coisas antigas “esquecidas atrás da estante”, eu queria escrever alguma coisa específica. Eu tinha uma única frase em minha cabeça que viraria um parágrafo, que viraria um texto. Agora não tenho mais nada.

“Mas que mentira, Isabella”. Eu tenho minhas memorias reavivadas e nada melhor do que ver que eu SOBREVIVI.

Em todos os casos que me deitei chorando, após todos os banhos que tomei aos prantos, depois de acordar com o rosto vermelho e ardido de lágrimas salgadas, eu sobrevivi.

Sim, claro, cá estou eu novamente. Ainda não tomei banhos aos prantos e nem acordarei amanhã com o rosto vermelho e ardido, mas as lágrimas salgadas estão aqui, teimando em não deixar meus olhos.

Me apaixonar por alguém improvável é tão estranho...

Devo dizer que senti falta desse sentimento. Depois de tanto tempo eu me sinto viva novamente. Talvez, daqui alguns dias eu tenha que morrer. Morrer de amor para depois SOBREVIVER.