Talvez quem tenha assistido o filme “Perfume – A história de um assassino” entenda melhor o que pretendo dizer. Talvez isso não tenha nada a ver e qualquer pessoa entenda esse sentimento.
No filme, o assassino quer para ele o perfume perfeito. Ele quer um cheiro que dure para sempre, o melhor odor, um que nunca acabe.
O que eu quero é quase isso. Eu quero as histórias que eu leio. As quero dentro de mim. Não só no meu pensamento, na minha memória e no meu cérebro. Quero tudo isso e mais. Quero todos os livros no meu estômago.
É. É isso mesmo. Eu tenho desejos malucos. Hoje ao ler mais um capítulo (e terminar) do livro “O menino do pijama listrado”, de John Boyne (irlandês), tudo o que eu queria era engolir o livro.
Isso acabou de acontecer. Estou no trabalho. Não posso chorar e meu estômago embrulhou, então eu senti a vontade de engolir o livro, como se ele fosse a solução do meu problema. HÁ! A menina que engolia livros...!
Seria essa a minha forma de antropofagia? Engolidora de conhecimento.
Engraçado. Agora eu suspiro e penso estar escrevendo coisas sem sentido, mas fico feliz com isso. É a tal da minha amargura que me dá felicidade. Sem sentido...
Me lembro que ao ler “Extremamente alto & Incrivelmente perto”, de Jonathan Safran Foer (americano), eu senti a mesma coisa, mas não devo ter processado essa idéia. Só agora me dei conta dela.
Só agora eu percebi que o que eu quero são as alegrias, os sofrimentos e principalmente as tristezas do mundo dentro de mim.
Sem sentido...
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