Eu ainda não consegui terminar de ler "Sexus", mas já me encaminho para o final.
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Então, eis que na página 429 me deparo com uma leitura que me lembrou outra.
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"Os momentos mais reais que você conhece talvez sejam os que acontecem quando você se senta sozinho no banheiro para fazer cocô. É algo que não lhe custa nada nem o compromete de maneira nenhuma, à diferença de comer, foder ou criar obras de arte. Você sai do banheiro e é aí que entra na imensa latrina. Tudo que toca parece merda. Mesmo quando vem embrulhado em celofane, o cheiro está alí. Cocô! A pedra filosofal da era industrial. Morte e transfiguração - em merda! A vida das lojas de departamentos - com sedas finíssimas num balcão e bombas no outro. Seja qual for a interpretação que lhe dermos, todo pensamento, todo feito, é registrado na caixa. Você está fodido desde o momento em que respira pela primeira vez. Uma imensa corporação internacional de máquinas de negócios. Logística, como dizem eles."
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Essa é a nossa vida líquida descrita em 1949.
6 comentários:
concordo em partes com seu comentário. Somos uma geração diferente, só. Não acredito que somos melhores ou piores q outras... as gerações x, y, m, todas tem problemas, todas tem coisas boas... o lance é só nao se assustar, e se adequar a nova vida. Dá pra ser feliz e com conteúdo assistindo filmes de 2 minutos no youtube. É que como nao estamos acostumados com isso tendemos a achar que isso é impossivel.
Com certeza dá... mas eu falo baseada no que eu vejo. A massa não parece muito interessada. Sei que todos temos qualidades. Eu que também faço parte dessa geração yeppie sei que posso ser diferente em vários aspectos, mas não consigo ser otimista e achar que a maioria procurará o caminho das pedras...
é impossivel ser otimista hoje, sou contra otimismo... só acho que se estivermos atentos ao que esta rolando a nossa volta, é muito mais facil sobreviver nesse mundo. e pode ter certeza, 90% da galera 2.0 da internet nao tem ideia do que tá fazendo e da onde tá pisando... ano acho que somos os seres mais evoluidos do mundo, nem que já temos o caminho das pedras... a massa vai ser sempre massa. a massa existe até na suécia, o lance é só tentar se adaptar ao meio q a gente vive, pois o maior erro é achar que onde estavamos era o lugar certo.
Concordo quando você diz que temos que nos adaptar. Tudo gira ao redor disso: como se faz política, o mercado, a educação, etc... afinal, tudo muda mesmo. Os cenérios são outro praticamente minuto a minuto. Acho que devemos sempre tirar o melhor daqueles atores que estavam em cena antes de nós!
exatamente, é por isso que eu só ouço enquanto minha vó relembra como era bom quando ela era nova... pra ela é uma forma de nostalgia. pra mim uma forma de aprendizado.
Boa discussão, gostei.
Também gostei! Podemos fazer isso mais vezes!
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