Alba estava assim, com sua vida parada. Nada parecia acontecer. Seus dias eram sempre os mesmos.
Em frente ao espelho ela nem parecia notar o quanto sua pele branca era viçosa, que seus cabelos castanhos escuros lhe caíam sobre os ombros de forma leve e natural, que seus olhos tinham um brilho esverdeado e que sua boca oferecia o mais belo tom de vermelho sem que fosse necessário nenhum artifício. Todas as cores contrastavam em seu corpo. Suas roupas, seus desenhos tatuados, tudo parecia chamar um vida corrida, cheia de novidades, fatos quentes e interessantes. Tudo parecia...
Aquela menina só conseguia ver o marasmo. Por trás de seus olhos havia um mar de águas calmas, calmas até demais.
Mas dia após dia as coisas pareciam mudar. Sem ter um como e sem ter porquê suas idéias ficavam mais claras. Ela começava a ver o que estava fazendo de errado. Seus relacionamentos que a diminuíam, sua falta de força de vontade e de perspectiva e a raiva que inexplicavelmente ela sentia de si mesma.
Se seria a terapia “fazendo efeito”; ou se eram os remedinhos que ela resolvera tomar (não seja malicioso aqui!); ou as duas coisas andando juntas, ela não saberia dizer. Ela gostava de pensar que crescia. Amadurecia...
Paralelamente ao seu crescimento, de forma paradoxal, Alba estava vivendo uma paixão. Só que essa paixão a tornou uma garotinha de 16 anos – idade que passara há tempos.
O nome dele: Eric. E como já foi dito antes, eles se conheceram em um lugar comum e também assim, do nada. Era infalível. Ele passava e as pernas dela tremiam, seu coração acelerava, seu estômago revirava de uma forma que ela só havia lido nos livros ou visto nos filmes. “Talvez seja isso que Florentino Ariza sentia por Firmina Daza”.
Eric não sabia de nada disso. A vida dele estava uma bagunça. De uma hora para outra ele decidira ficar sem chão. Decidiu mesmo. Jogou quase tudo para o alto e as coisa que ele deixou nos seus lugares estavam exigindo dele cada vez mais.
Alba não queria especular, mas como entender que o fogo que contaminava até a escada de incêndio estava esmorecendo...? A menina que agora se via mais mulher, que achava que tudo aquilo seria uma grande brincadeira, passou a querer muito mais e se tornou outro alguém a querer mais daquele homem.
E então ela passava as tardes desejando que as coisas se ajeitassem para Eric, para dessa forma ela ser vista...
2 comentários:
Maybe Alba should try to follow her so called "feelings", because if you stop to think straight, we always know what we are and what we want. We just pretend that we're messed up, because sometimes we're afraid of changes...
...but changing is good!
Ok, não vou falar mal, vou falar a verdade:
Cachorro Grande consegue ser a banda mais menos do país. Menos originalidade quanto ao visual, extremamente chupado de AC/DC + Beatles + Mal-gosto. Consegue ter o vocalista que tem menos voz no mundo, menos simpatia e com a menor capacidade de elaborar uma frase que faça sentido, sem ter que repetí-la 10 vezes na mesma música. Feio, sem voz, sem saber cantar.....quer que eu fale do guitarrista também?
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