domingo, agosto 28, 2005

Minha Memória Triste

Em um programa de televisão eu ouvi a pergunta “qual a música que faz você se lembrar do seu primeiro amor?”. Não hesitei, a minha música é “Don’t Cry” do Guns N’ Roses. É essa a música que não me deixa esquecer aquele que foi o dono do meu primeiro beijo. E é dessa lembrança que eu vou falar agora.

Nem me lembro quando foi, mas não esqueço como foi. Era a festa de aniversário de uma amiga minha, a Ana Carolina. Eu devia ser a mais velha da festa, a Ana é um ou dois anos mais nova do que eu e assim eram os colegas dela da escola. Eu cheguei na festa, vi aquele menino e perguntei pra ela quem era: “o Lelê, Alexandre”, e eu falei que ele era bonitinho. Querendo que ela falasse com ele eu pedi que não dissesse nada (!) e isso foi o suficiente.

A brincadeira era aquela “beijo, abraço ou aperto de mão” e era minha vez de escolher. Eu combinei com a Ana que era pra ela apertar meus olhos quando ela estivesse apontando pro Lelê, e assim foi. Mas eu era bobinha (sim, eu já fui bobinha), eu escolhi o abraço e a decepcionei! E eu tive minha vingança...

Agora era a vez dele escolher e a mesma tramóia minha com minha amiga foi a dele com ela. E, lógico, ele não escolheu o abraço, ele escolheu o beijo. Eu morri de vergonha. Foi tudo como eu imaginei, exceto que a festa inteira estava prestando atenção. O beijo durou alguns segundos até que eu o empurrei e saí andando.

Passada a seção das brincadeirinhas, começou a hora mais legal: o bailinho. Os CD’s escolhidos eram do Guns, aquele amarelo e o azul. Eis que soa “Don’t Cry”, e o Alexandre me chama pra dançar. Dançamos durante toda a música, durante “November Rain” e durante “Patience”. Foi demais e lógico que nós ficamos. Era época de dar aqueles beijos homéricos que duram por minutos, acho que todos passam por isso, e a memória que fica é incrível!

Depois dessa festa demorou muito para que eu encontrasse o Lelê de novo, mas nos falávamos sempre. Tínhamos aquelas intermináveis conversas no telefone, com direito a “desliga você vai – Não, desliga você”. Mas do nada eu desencanava e ficava um tempão sem ligar pra ele e nem ele pra mim, até que batia a saudade e um ou outro ligava. Acho que a gente ficou, no máximo, umas quatro vezes, e todas tiveram um espaço de tempo grande entre elas. Mas nossos telefonemas eram os melhores, os mais românticos e os mais sinceros.

Em uma das nossas últimas conversas, nós fizemos uma promessa. Aquela básica “quando eu fizer 28 anos e você 26, se estivermos solteiros, a gente casa”. E eu sei que isso aconteceria com a gente se não fosse o que aconteceu algum tempo mais tarde...

Ah Lelê, você foi embora tão cedo. Deixou-me aqui tão triste sem a esperança de um dia ser só sua, não pelo telefone, nem em uma vez a cada ano, mas sim ser sua para sempre... Deixou pra trás só aquelas três músicas que me fazem chorar ao lembrar. Deixou em mim só a lembrança de um beijo que nem o gosto eu sinto mais.

sexta-feira, agosto 26, 2005

O Cassino

Sim sim, o lugar é incrivelmente bom decorado. As cortinas de veludo vermelhas que cobrem as paredes de cima a baixo dão aquele ar de cabaret, as fichas de bebida são fichas de jogos de cassino, o cartão da chapelaria é uma carta de baralho e o barman é a cara do Dustin Hoffman! Esse é o Vegas, baladinha que já foi bem falada na Veja, na Playboy e em vários outros meios de divulgação.
Acho que eu dei azar. Ou todos os dias são assim? O lugar estava lotado. O show não poderia ser de ninguém menos do que dos meus queridos Faichecleres e eu nem pude dançar direito. Tinha um pessoal sem noção, completamente nada a ver com a festa Mod Generation do Alberto, mas também, a casa foi muuuito bem divulgada. Mauricinhos e Patricinhas (uma até com um chapéu a la novela América) deram seus plantões, mas tudo bem, diversidade até que não é ruim (principalmente para os donos da casa que devem estar bem felizes com a bem aceitação).
O show foi bem legal. O Giovanni (baixista) tava tocando tanto que a ponte do baixo dele simplesmente saiu, quebrou, se despedaçou e ele teve que pegar emprestado o baixo da banda que viria a seguir (e eu não vi por causa da falta de espaço para eu dar meu show à parte), o Laboratório SP. O Marcos fez um solo de guitarra que foi lindo, ele e sua também linda Gibson vermelha... O Tuba, bom, o Tuba é sempre fantástico com sua performance doida!!

Mudando bastante de estilo, hoje tem techno no lov.e com o Marco Carola. Fazia tempo que eu não me empolgava com uma balada como estou empolgada pra hoje! É dia de causar muuuito!

Boa balada para todos!

domingo, agosto 21, 2005

A minha cara...

Ouvindo Agora
Handle Me With Care - The Now Time Delegation
x
I’m giving you
My life to share
Please handle it with care
I really mean it, boy
I’m depending on you
Please don’t do me
Like some other boys do
Taking for granted
The love I show
And walking out my life
To leave me all alone
x
Handle me with care
That’s all I’m asking baby
x
There’re some guys I know
They don’t really care, no
Talking loud and being proud, no
You can find that anywhere
But what I need baby
You can truely give
Lets stop doing on thing baby
And don’t stand still
Cuz you got me,
And, oh baby, ah I need you
x
So this is all
This is all
This is all I ask of you
x
Oh baby, handle me with care
Handle me with care
That’s all I’m asking baby
Handle me with care...

Sem Título

Queria escrever uma poesia
E nela colocar todas as minhas perguntas
Queria escrever uma poesia
E nela demonstar toda minha dor

Mas eu não conheço essas perguntas
Nem sei dizer a intensidade dessa dor
Mesmo assim escrevo a poesia
Sem perguntas, mas com dor.

Perguntas (?)

Hoje eu acordei não muito bem. Apesar de ter vivido uma sexta feira incrivelmente excitante, eu me sinto triste. Eu sofro inflências das pessoas e algumas delas têm um poder imensurável de me deixar radiante ou completamente infeliz. O pior é que eu vou de um extremo ao outro em questão de uma palavra.
Não sei o que fazer. Eu me perco e não sei como agir. Não devo fazer o que me dá vontade, todos dizem que é contra as regras do jogo expor os sentimentos, quem o faz nunca ganha.
É uma pena. A única coisa que eu sei fazer é expor o que eu sinto. Não sei jogar. Na verdade eu não gosto de jogar.
Algum dia eu poderei ganhar desse jeito?
Algum dia eu poderei ganhar sem ter que fingir ser o que eu não sou? Algum dia eu poderei ganhar sendo eu mesma?

Perguntas, perguntas. Eu tenho tantas na minha cabeça, mas nenhuma resposta até agora. Alguém se habilita?

sábado, agosto 13, 2005

Verdade

"Nunca me senti ameaçada, mas agora pela primeira vez, eu me sinto forte. As pessoas estão agindo de modo diferente comigo. Tem gente que pensa que sou uma neonazista ou lésbica. Estou amando isso."
Palavras de Natalie Portman sobre seu cabelo que não existe (está raspado) usado no filme V de Vingança que ela resolveu manter.

Mais um motivo pra eu não ter vergonha de dizer "sim, eu me casaria com ela". Eu sempre quis raspar o cabelo, mas não tenho coragem... Ela teve, e continuou linda!

segunda-feira, agosto 08, 2005

E a Balada?

Muito post para um dia só.

Só passando pra falar da Funhouse sábado passado. O que tinha de "famosos" não tá no gibi! Pra começar tinha a mim, a atriz do filme "Prova Final", depois tinha um clone do ator que faz papel de diretor de cinema no filme "Mulholand Drive", tinha também mais um clone, dessa vez do Rodrigo Santoro (rãm, rãm...) e o principal: o Saaaaaaaaander do Twwwwwiiiister!!! Gente, quando a Cláudia me mostrou eu fiquei pasma. Achei que ele estivesse preso ainda!! Juro que ele foi motivo de boas gargalhadas! Bi-zar-ro.

O melhor é que bem no comecinho da noite tocou Interpol - Evil. Tive a pista praticamente só pra mim. Dancei muito!

Mais Telona...

ÃO ÃO ÃO
WALTER SALLES É FODÃO
Meu, o cara tá foda. Dirigiu uma das minhas atrizes favoritas a Jennifer Connelly em Água Negra e agora deve dirigir a adaptação do livro clássico de Jack Kerouac, o On the Road. A produção executiva fica para ninguém menos que Francis Ford Coppola, já que sua produtora tem os direitos da obra desde 79.
"O filme é inerentemente difícil de adaptar para as telas, e até agora não havíamos achado a combinação certa de diretor e escritor para fazer justiça à obra" (Coppola).
Uhu!!

Ainda Sobre Cinema:

Gwen Stefani estará em filme sobre musa de Andy Warhol
A cantora norte-americana Gwen Stefani, 35, poderá ser vista nos cinemas em breve. Ela e seu marido, Gavin Rossdale, líder da banda inglesa Bush, estão no elenco de "Factory Girl", de George Hickenlooper.
Gwen, que ganhou fama mundial como vocalista da banda No Doubt, viverá Richie Berlin. A personagem divide a casa com Edie Sedgwick (Sienna Miller), a musa de Andy Warhol no filme.
Rossdale, com quem a cantora é casada desde 2002, irá interpretar Gerard Malanga. O filme está em fase de pré-produção e tem roteiro assinado pelo diretor Hickenlooper e por Captain Mauzner.
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Que legal, agora já sei quem é todo mundo!

The Island

Esse sábado eu fui assistir "A Ilha" de Michael Bay. Não aguentava mais ficar em casa, então eu fui. Cheguei lá e as próximas sessões eram desse filme e de "Sin City" (outro que eu estou doida pra ver). Escolhi A Ilha por dois simples motivos: queria deixar para ver Sin City com uns amigos e por causa do Ewan McGregor...

Olha, vou dizer uma coisa, eu nem sou chegada em filmes de ficção científica e tals, mas eu me impressionei bastante. Saí do filme meio chocada.

Me choquei porque se trata de um futuro muito próximo. O ano é 2019. E a história fala de dois ingênuos e lindos clones (Ewan McGregor e Scarlett Johansson) que acabam de descobrir quais as suas verdadeiras funções e têm que fugir para sobreviverem. A cidade é perfeita, sem aqueles exageros típicos dos filmes futuristas. Os carros são maravilhosos e as cenas de perseguição são ótimas, bem hollywoodianas, mas eu adorei. É lógico que há romance, afinal são duas pessoas simplesmente maravilhosas trabalhando juntas.

(Do Ewan eu não preciso falar nada além de que aquele sotaque escocês dele me arrepiou inteira e a Scarlett (quando eu era pequena queria me chamar Scarlett por causa do filme "E o Vento Levou...") é linda demais, coisa que não se percebe muito bem no filme "Moça Com o Brinco de Pérolas".)

Provavelmente quando chegarmos ao ponto de a clonagem humana ser um procedimento possível haverá instituições criadas em prol do bem estar dos seres e haverá aquelas que não usarão de ética alguma. As críticas estão ferozes contra o discurso pessimista de Bay ("O longa-metragem é uma história de terror ético em que cientistas que fazem experiências em genética humana, visando promover os avanços da medicina, são retratados como vilões em estilo Dr. Frankenstein" - Reuters), mas se ele fosse retratar pessoas boazinhas vivendo em paz com seus clones, que graça teria o filme? A especulação tem que vir do conflito, do problema.

Que falem mal. Sendo um filme que "fundamenta as teses da direita religiosa" ou não, eu gostei da minha escolha.