terça-feira, julho 16, 2013

Uma pessoa descentralizada

Tudo o que mais quero agora é pular essa fase de espera, de agonia, de ansiedade. Essa fase na qual eu fico esperando para receber uma mensagem no Whatsapp e depois, por causa de normas de joguinho que eu não entendo e sou obrigada a jogar, eu fico esperando para poder mandar a minha resposta.

Quem foi que inventou tudo isso? Essas coisas que corroem o estômago, tiram a fome e a vontade de comer, dão ânsia de vômito e provocam tontura? Quem foi? Quem disse que eu não posso me mostrar interessada logo de cara?  Porque o ser humano não se interessa por aquilo que tem à disposição? Porque a gente tem que jogar?

São tantas perguntas sem respostas. São tantos suspiros intercalados com olhadelas nesse aplicativo dos infernos que faz de qualquer pessoa uma grande conhecedora da rotina do outro. É tanta imaginação correndo solta e me fazendo viajar pelos piores cenários. É tanta expectativa (aquela que não se deve ser criada) que me faz ter esperança de que tudo vai correr de tal e tal jeito, que vamos nos encontrar em tal lugar, falar tal coisa, agir de tal forma. É tanta decepção quando nada disso é real.


São tantas essas coisas que corroem o estômago, tiram a fome e a vontade de comer, dão ânsia de vômito e provocam tontura, me descentralizam de mim mesma. Fica difícil querer passar por isso de novo, de novo, de novo e de novo...

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