Tudo o que mais quero agora é pular essa fase de espera, de
agonia, de ansiedade. Essa fase na qual eu fico esperando para receber uma
mensagem no Whatsapp e depois, por causa de normas de joguinho que eu não entendo
e sou obrigada a jogar, eu fico esperando para poder mandar a minha resposta.
Quem foi que inventou tudo isso? Essas coisas que corroem o
estômago, tiram a fome e a vontade de comer, dão ânsia de vômito e provocam
tontura? Quem foi? Quem disse que eu não posso me mostrar interessada logo de
cara? Porque o ser humano não se
interessa por aquilo que tem à disposição? Porque a gente tem que jogar?
São tantas perguntas sem respostas. São tantos suspiros
intercalados com olhadelas nesse aplicativo dos infernos que faz de qualquer
pessoa uma grande conhecedora da rotina do outro. É tanta imaginação correndo
solta e me fazendo viajar pelos piores cenários. É tanta expectativa (aquela
que não se deve ser criada) que me faz ter esperança de que tudo vai correr de
tal e tal jeito, que vamos nos encontrar em tal lugar, falar tal coisa, agir de
tal forma. É tanta decepção quando nada disso é real.
São tantas essas coisas que corroem o estômago, tiram a fome
e a vontade de comer, dão ânsia de vômito e provocam tontura, me descentralizam
de mim mesma. Fica difícil querer passar por isso de novo, de novo, de novo
e de novo...