Quando 2011 começou eu achei que fosse ser o ano que mudaria minha vida. Além de não mudá-la, me trouxe muitos sentimentos ruins, muitas coisas desnecessárias, muita doença e muita tristeza.
Teve gente me decepcionando, teve muito choro na cama molhando toda a saudade louca e inconsequente. Pessoas amadas sofreram a perda de familiares de forma trágica e chocante. O lúpus, aquele querido, resolveu dar as caras e com ele veio muita cortisona que trouxe sua família inteira. Essa família só deu trabalho. Deu gosto amargo na boca, deu enjôo, deu sono, deu fome, muita fome e MUITOS quilos a mais – depressão garantida pelo resto do ano. Teve Pepita que morreu, teve gato doente, gato com rabo atropelado, cachorrinho neném com pancreatite, hepatite e anemia. Teve cotovelo e dente quebrado. Teve cabelão cortado e arrependimento certeiro. Teve irmã que foi embora, voltou e foi embora de vez. Teve mãe doente e outra irmã também. Até a gripe que nunca aparece, dessa vez ela vem. Dinheiro, nem se fala... só ele resolveu sumir... Até agora, esses últimos dias. Até eles resolveram boicotar. As semanas se arrastam e querem ser um ano inteiro em apenas 7 dias.
Mas para vocês não falarem que eu mereço o troféu depressão, vou dizer que teve gente boa. Teve gente que vai ficar para sempre. Teve gente que emocionou. Além dos amigos verdadeiros, aqueles que estão sempre lá, teve Mariana, Maria Sílvia e Targino. Três cancerianos, três forças, três empurrões. Teve gatinho novinho e cachorrinho também. Billy e Flock, alegrias sem tamanho. Teve carro novo com cheirinho insuperável de conquista. Teve Itália com a sister e aqui eu não vou nem falar como eu fui feliz, como nos divertimos, como rimos. Essa odinária acaba comigo!
É isso. Esse ano para esquecer, pelo menos trouxe coisas para lembrar sempre e se a gente quiser ser feliz, é só nelas que temos que pensar!
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