Aqui jaz um coração
Batia alucinado dentro do peito
Sem enxergar nenhum defeito
Tinha só amor e adoração
Deu uma virada em sua vida pacata
Quando achou alguém para gostar
Transformou-se em acrobata
Para conseguir se controlar
O vai e vem de seu amor
De acrobata a trapezista
Bem rapidamente o transformou
Segurava um trapézio que sumia sem deixar pista
Chegou, então, o dia fatídico
Sem mais explicações
Seu apoio fez-se fluídico
Evaporou
Deixou um buraco
Um rombo
Um tambor que agora batia fraco
Chorou, soluçou, despedaçou
O tempo passou e não curou
A doença se espalhou
Batia desequilibrado dentro do peito
Com cadência cada vez menor
Aceitou de bom grado a tranquilidade do seu leito
Leito que acabou com toda aquela dor
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