Minha derrota é essa espera que me mata, me arranca o couro, o juízo, o sossego e até a fome.
O pior é que não consigo deixar de esperar. Por mais que eu saiba que não devo, eu me pego esperando e dizendo a mim mesma que é só dessa vez. “É só dessa vez”.
Quando mais calma, eu rio de mim, mas sempre tem um artifício que me faz procurar. A falta do direito de cobrar me faz morrer em silêncio junto com uma ânsia, uma saudade, uma vontade.
Os minutos de alegria e de gozo tornam-se ínfimos comparados à semana torturante sem notícias.
Sem notícias, sem palavras, uso dos artifícios que me fazem procurar. Eu procuro e vejo tantas coisas e me martirizo e me puno e sofro e prometo: “é só dessa vez”. E mais uma vez as perguntas sem respostas me fazem esperar.
E a espera, bem, a espera é minha derrota, me mata, me arranca o couro, o juízo, o sossego e até a fome.
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