Guia de leitura: toda vez que a palavra "informações" aparecer, leia-a com tom de sarcasmo, inclusive no título a cima.
Ela queria não
precisar de amor. Queria ser assexuada e não amar. As pessoas são tão cheias de
problemas e de desejos. Queria não precisar se preocupar com isso. Aí eu digo:
“mas goste mais de si, seja mais segura e você não vai se preocupar com essas
coisas naturalmente”.
A resposta dela é
sutil:
“Por que você não vai
pra puta que te pariu?”
Ela simplesmente acha
que seria mais fácil não precisar/querer amor e amar, do que se doer com tudo.
Ela é um poço de
ciúme, só que esse poço tem muita lama dentro, então não parece que é tão
fundo. Ela até que disfarça um pouco. Mas o homem que vive com ela, já há algum
tempo, deveria saber disso. E aí ele decide que ela precisa saber de tudo o que
se passa na cabeça de um cara e resolve mandar algumas “informações”. Haha.
Nessas horas ela
queria não precisar de amor. Queria ser assexuada e não amar mais ninguém.
Queria não se sentir desrespeitada ao saber que o seu parceiro pensa e deseja e
tem o maior tesão o tempo todo que tem em seu campo de visão um corpo feminino.
Queria não sentir que é totalmente errada pra ele, porque se o corpo é o que
importa, se é a bunda que ele gosta, ela não pode dar isso pra ele, porque ela
não tem e nem quer ter. Queria parar de se perguntar “o que será que ele gosta
em mim? Porque em todas as ‘informações‘
que ele manda só tem coisas que eu não sou”.
Ela tem raiva, ódio e
até nojo. E ela pensa em todo o maravilhoso repertório que ela já recebeu sem
pedir e o coração aperta.
Essa menina que queria
não precisar amar, depois de voltas e mais voltas, percebe que como tudo o que
ela quer é impossível, o melhor mesmo seria morrer.