É impressionante o tanto de gente louca que
eu atraio. Talvez por eu mesma não ser das mais normais...
Sei que eu nunca me preparo
psicologicamente para enfrentar os surtos dessas pessoas que cismam em aparecer
na minha vida e eu cismo em deixar entrar e ainda escancaro as portas e as
janelas.
Os relacionamentos hoje em dia estão cada
vez mais complicados e eu sou uma das que faz essas estatísticas aumentarem
drasticamente. Mas o que fazer quando
não se tem regras definidas, quando é tudo tão subjetivo e cada história é uma
história?
Digamos que você só conheça caras que logo
te falam que não querem compromisso, que saem com você uma vez e só te procuram
de novo semanas, ou até meses depois e claro, não é isso que você gostaria...
Aí aparece um cara que parece ser totalmente diferente. Um cara que liga, que
te busca em casa, que sai com você 4 vezes seguidas. Esse cara faz planos, tem
ideias, te defende, te apoia e te ajuda. O que você faz? Foge, né? Porque
quando a esmola é demais, o santo desconfia. Ou deveria desconfiar. Eu não
desconfiei.
Um belo dia, a criatura decide falar o
quanto VOCÊ é ansiosa, que não dá espaço, que você construiu um castelo em cima
dele, que você age como se aquilo fosse um namoro de 5 anos. É hora de dizer
que sim, que você pode até ter construído mesmo, mas que quem deu os tijolos, o
cimento e a pá foi ele mesmo. Mas claro que na hora você não fala nada.
Simplesmente engole o choro e segue. Ou segue chorando mesmo, porque doeu pra
caralho ouvir tudo aquilo.
Se passa uma semana sem notícias. Você
posta uma foto e recebe um LINDA! seguido de vários likes em fotos suas. Mas uma mensagem ou uma ligação, nada.
Ok, segue a vida. Mas a vontade de mandar
um oi, saber como ele está ainda não passa e o que você faz? Você supera isso e
bola pra frente. Mais uma vez, não eu. De acordo com a minha escola de como
fabricar e tomar pílulas de auto-destruição, você manda um “oi, tudo bem?”.
A resposta? Bem... a resposta é um simples “tudo!”.
Nada mais. Nada.
Aí aquele coração já dolorido, corta mais
um pouquinho e corta mais pela certeza de que é tudo culpa dele mesmo e culpa
de uma incapacidade imensa de lidar com essas pessoas loucas que aparecem na
vida da gente e uma incapacidade ainda maior de lidar com você mesma.