Será que as pessoas têm noção do poder que
têm para machucar as outras, ou fazem pequenas maldades sem saber? Será que sou
que fico assim dolorida, com a pele queimando por dentro, por uma pequenez
qualquer, ou tenho razão em me sentir magoada?
As pessoas têm entrado e saído da minha
vida com uma rapidez fenomenal. Dizem que o que vem fácil, vai fácil. Acho que
esse é X da questão. Um ditado criado há tanto tempo e, ainda assim, tão atual nos
relacionamentos humanos cercados de modernidades e elementos "facilitadores".
Alguns desses novos conhecidos valem a pena
ser lembrados. Seja por uma ideia ou uma palavra. E às vezes essa memória do
passado é tudo o que podemos ter, já que não adianta tentar, no presente,
tentar construir um futuro. É preciso saber parar de tentar, ou forçar.
Quando não se sabe a hora de parar é quando
se abre brechas para que o indivíduo mais perfeito de uma memória se torne um
ogro insensível - ou um covarde que se esconde através de silêncios, colocando tudo a perder e se tornando memorável apenas por algo estúpido, ou
banal. Quem não iria preferir esquecer? Mas ah se fosse fácil assim... A
vergonha é algo que queima na cara e faz com que o arrependimento vire um
monstro engolidor de entranhas e paz. Afinal de quem é a culpa? De quem forçou
a barra, ou de quem não soube sair de uma forma... digamos... mais humana?
Aliás, o que é mais humano? Deixar o lado
animal e mesquinho aflorar, ou ponderar e entender?
Em um emaranhado de palavras que rodam a
minha mente eu penso em duas específicas: “desistir” e “continuar”. Acho que
minha lição da semana é essa. Pensar em até quando vale a pena continuar (e
correr o risco de dar de cara com um animal ameaçado no fim do túnel), ou se o
melhor e desistir e ao invés de apostar alto nas reticências, usar logo o grande e gordo ponto
final, para ficar, ao menos, com as boas lembranças...