EU: "Sei lá... às vezes eu acho que eu estava feliz sozinha... mas era só um luto, sabe? uma negação. Eu não quero ser sozinha. Não quero mesmo e estou morrendo por dentro por causa disso.
Eu quero alguém pra quem eu possa ligar no meio da noite e dizer quanto eu estou puta da vida, ou o quanto eu estou feliz. Eu quero fazer isso pra alguém
quero ajudar alguém, ir na casa dele no fim de semana e fazer uma comida gostosa, porque ele está sem empregada... essas coisas... "
ELE: "Sim, isso é ótimo... mas esse tipo de pessoa acho que não encontramos...elas que nos encontram".
EU: "É... o que a gente tem que fazer é realmente parar de procurar, mas no meio do caminho sempre há uma pedra... uma pedra pela qual a gente se apaixona e cria expectativas e se fode..."
terça-feira, março 27, 2012
domingo, março 18, 2012
Sempre errada. Sempre sonhos. Sempre mulher.
Toda vez que Anita sai de sua casa ela se arrepende. Se arrepende porque vê tristeza, se arrepende porque vê felicidade. Anita não se sente preparada para ver o mundo. E talvez ela realmente não esteja.
Depois de tanto sofrer por amor, durante um ano ela esperou o luto passar. Esperou hora com dor, hora com apatia, mas nunca feliz, feliz de verdade. Aliás, existe alguém que é feliz de verdade? De uma coisa ela sabe: “é impossível ser feliz sozinho”.
Durante esses 365 dias – um pouco a mais, um pouco a menos, quem sabe... – ela sustentava outra certeza: nunca mais choraria por ninguém. Sabia que estava seca, sem lágrimas, já chorara demais.
Para ter mais força, já que todos falam que nada melhor para se curar um velho amor do que um novo amor, Anita decidiu se apaixonar. Escolheu a dedo alguém bem difícil, um alguém que nunca a decepcionaria, jamais a faria ter raiva, ciúme, etc... se apaixonou por alguém que nunca sairia do seu lado, de dentro dela, de sua cabeça. Se apaixonou por um super star.
Ah que relacionamento lindo. Ele a amava, ela o amava. Tinham conversas intermináveis ao longo das madrugadas, ao longo dos sonhos dormidos ou acordados... realmente, ele nunca a magoou.
Só que a vida real chamou. Do jeito mais simples, a vida cutucou. Veio em forma de lembrança. Anita se lembrou de um alguém que ela sempre quis, mas que nunca teve, alguém que talvez a quisesse, mas que ela nunca teve certeza. Alguém que apareceu em sua vida de um jeito tão rápido que ela não pode agarrar. Era tão nova. Era tão boba. Com tantas coisas erradas na cabeça... mas tudo acontece por um motivo – ou não.
O fato é que depois de mais de 10 anos, ela puxou um pedacinho de corda solta para tentar desenrolar uma história, tentar cavar uma segunda chance que parecia chegar no momento mais certo do mundo.
(Abro um parêntese aqui para dizer que se puxar pedacinhos de corda soltas para desenrolar histórias fosse uma profissão, Anita seria a melhor profissional do Universo. Fecho o parêntese.)
Ela lembrava com tanto carinho dos poucos minutos que passara junto a essa pessoa enrolada no novelo... lembrava do passeio de classes, da viagem de formatura, do chuveiro na praia de Porto Seguro... mas o que é isso, não é mesmo? Nada. Só memórias tolas adolescentes que não voltam mais.
Mas Anita foi atrás e forçou uma conversa. Conseguiu. A qualquer momento ela teria sua segunda chance. O que ela mais queria era ficar frente a frente com aquele hoje homem, antes menino, de olhos verdes, contar a ele sua história, seu trajeto, seus problemas, suas conquistas. Queria mostrar o quão guerreira ela se sente (às vezes), deixar explícito o quão frágil ela pode ser, o quão doce, o quão dedicada, o quão perfeita. Por outro lado ela queria ouvir dele o que ele fez nesses mais de 10 anos; como ele terminou um relacionamento longo que viveu; queria saber se ele é feliz. Ela queria conversar, ela queria ouvir, ela queria saber se era possível se apaixonar por alguém novamente. Infelizmente ela queria tanta coisa sem nem saber se isso tudo era o que ele queria também...
Quantas expectativas, quantos sonhos, quantos erros, quantas lágrimas adormecidas.
O tão sonhado e esperado chamado chegou. Não foi de dia, não foi à noite. Foi em uma madrugada. Ela devia ter ouvido o sinal que diz que não há conversas durante madrugadas. Só loucura, paixão, tesão e inconsequência. Ela devia, mas não ouviu.
Ela foi ao encontro dele e ao vê-lo, depois de mais de 10 anos, seu coração batia tão forte que parecia que ia estourar o peito e sair vibrando pelas ruas. Lindo. Tão lindo. Muito mais do que ela se lembrava, porque dessa vez teve o cheiro, o gosto, o beijo, o tato. Faltaram as histórias, a voz, um pouco mais do aconchego das palavras que ela ensaiara e ansiara por tantas noites...
Não importa como foi. O que importa é o depois e o depois foi assim: sssshhhhhh. Sem som, só silêncio. Um abraço, dois beijinhos, poucas palavras. E Anita voltou pra sua casa sabendo que tinha feito tudo errado. Que ela jamais teria conseguido fazer/falar tudo aquilo que ela queria. Que ela teria que tentar mais uma vez, e mais uma vez, e mais uma vez...
Só que ela tentou só mais uma vez e acabou. Mas Anita não se conforma com terminar as coisas assim. Em mandar uma mensagem que nunca mais será respondida e ponto final. “Ponto final”? Porque ela não consegue simplesmente deitar sua cabeça no travesseiro e entender que ele não quer o mesmo que ela? Simplesmente pelo fato de ela precisar ouvir. Para ela o silêncio nunca foi o bastante, nunca a satisfez. Ela quer tentar, tentar e tentar. Mas ela vive em um mundo cheio de regras e bons costumes, cheio de recriminações dos outros e as dela. Ela vive em uma batalha interna constante e sob o medo de tentar e só ter mais silêncio.
Cansada de silêncio, Anita precisa das palavras e das palavras vindas dele, ela tem poucas para se lembrar. Além daquelas memórias adolescentes, ela tem as mais recentes que não são nada acalentadoras...
Todos os dias ela ainda se lembra das cinco palavras que ele disse a ela. As cinco palavras que ilustram tudo o que ele quer, e o quão diferente é tudo o que ele quer se comparado com o que Anita quer.
Um dia ela sabe que as cinco palavras farão efeito e nesse dia ela deixará de querê-lo. Pena que a dor no seu peito por não ter conseguido cavar uma proximidade ainda é muito grande e ela sabe que esse dia demorará a chegar.
Depois de tanto sofrer por amor, durante um ano ela esperou o luto passar. Esperou hora com dor, hora com apatia, mas nunca feliz, feliz de verdade. Aliás, existe alguém que é feliz de verdade? De uma coisa ela sabe: “é impossível ser feliz sozinho”.
Durante esses 365 dias – um pouco a mais, um pouco a menos, quem sabe... – ela sustentava outra certeza: nunca mais choraria por ninguém. Sabia que estava seca, sem lágrimas, já chorara demais.
Para ter mais força, já que todos falam que nada melhor para se curar um velho amor do que um novo amor, Anita decidiu se apaixonar. Escolheu a dedo alguém bem difícil, um alguém que nunca a decepcionaria, jamais a faria ter raiva, ciúme, etc... se apaixonou por alguém que nunca sairia do seu lado, de dentro dela, de sua cabeça. Se apaixonou por um super star.
Ah que relacionamento lindo. Ele a amava, ela o amava. Tinham conversas intermináveis ao longo das madrugadas, ao longo dos sonhos dormidos ou acordados... realmente, ele nunca a magoou.
Só que a vida real chamou. Do jeito mais simples, a vida cutucou. Veio em forma de lembrança. Anita se lembrou de um alguém que ela sempre quis, mas que nunca teve, alguém que talvez a quisesse, mas que ela nunca teve certeza. Alguém que apareceu em sua vida de um jeito tão rápido que ela não pode agarrar. Era tão nova. Era tão boba. Com tantas coisas erradas na cabeça... mas tudo acontece por um motivo – ou não.
O fato é que depois de mais de 10 anos, ela puxou um pedacinho de corda solta para tentar desenrolar uma história, tentar cavar uma segunda chance que parecia chegar no momento mais certo do mundo.
(Abro um parêntese aqui para dizer que se puxar pedacinhos de corda soltas para desenrolar histórias fosse uma profissão, Anita seria a melhor profissional do Universo. Fecho o parêntese.)
Ela lembrava com tanto carinho dos poucos minutos que passara junto a essa pessoa enrolada no novelo... lembrava do passeio de classes, da viagem de formatura, do chuveiro na praia de Porto Seguro... mas o que é isso, não é mesmo? Nada. Só memórias tolas adolescentes que não voltam mais.
Mas Anita foi atrás e forçou uma conversa. Conseguiu. A qualquer momento ela teria sua segunda chance. O que ela mais queria era ficar frente a frente com aquele hoje homem, antes menino, de olhos verdes, contar a ele sua história, seu trajeto, seus problemas, suas conquistas. Queria mostrar o quão guerreira ela se sente (às vezes), deixar explícito o quão frágil ela pode ser, o quão doce, o quão dedicada, o quão perfeita. Por outro lado ela queria ouvir dele o que ele fez nesses mais de 10 anos; como ele terminou um relacionamento longo que viveu; queria saber se ele é feliz. Ela queria conversar, ela queria ouvir, ela queria saber se era possível se apaixonar por alguém novamente. Infelizmente ela queria tanta coisa sem nem saber se isso tudo era o que ele queria também...
Quantas expectativas, quantos sonhos, quantos erros, quantas lágrimas adormecidas.
O tão sonhado e esperado chamado chegou. Não foi de dia, não foi à noite. Foi em uma madrugada. Ela devia ter ouvido o sinal que diz que não há conversas durante madrugadas. Só loucura, paixão, tesão e inconsequência. Ela devia, mas não ouviu.
Ela foi ao encontro dele e ao vê-lo, depois de mais de 10 anos, seu coração batia tão forte que parecia que ia estourar o peito e sair vibrando pelas ruas. Lindo. Tão lindo. Muito mais do que ela se lembrava, porque dessa vez teve o cheiro, o gosto, o beijo, o tato. Faltaram as histórias, a voz, um pouco mais do aconchego das palavras que ela ensaiara e ansiara por tantas noites...
Não importa como foi. O que importa é o depois e o depois foi assim: sssshhhhhh. Sem som, só silêncio. Um abraço, dois beijinhos, poucas palavras. E Anita voltou pra sua casa sabendo que tinha feito tudo errado. Que ela jamais teria conseguido fazer/falar tudo aquilo que ela queria. Que ela teria que tentar mais uma vez, e mais uma vez, e mais uma vez...
Só que ela tentou só mais uma vez e acabou. Mas Anita não se conforma com terminar as coisas assim. Em mandar uma mensagem que nunca mais será respondida e ponto final. “Ponto final”? Porque ela não consegue simplesmente deitar sua cabeça no travesseiro e entender que ele não quer o mesmo que ela? Simplesmente pelo fato de ela precisar ouvir. Para ela o silêncio nunca foi o bastante, nunca a satisfez. Ela quer tentar, tentar e tentar. Mas ela vive em um mundo cheio de regras e bons costumes, cheio de recriminações dos outros e as dela. Ela vive em uma batalha interna constante e sob o medo de tentar e só ter mais silêncio.
Cansada de silêncio, Anita precisa das palavras e das palavras vindas dele, ela tem poucas para se lembrar. Além daquelas memórias adolescentes, ela tem as mais recentes que não são nada acalentadoras...
Todos os dias ela ainda se lembra das cinco palavras que ele disse a ela. As cinco palavras que ilustram tudo o que ele quer, e o quão diferente é tudo o que ele quer se comparado com o que Anita quer.
Um dia ela sabe que as cinco palavras farão efeito e nesse dia ela deixará de querê-lo. Pena que a dor no seu peito por não ter conseguido cavar uma proximidade ainda é muito grande e ela sabe que esse dia demorará a chegar.
quarta-feira, janeiro 11, 2012
E o seu coração? Ainda bate?
Ela tinha uma vida tão chata que se apaixonava por artistas de Hollywood para ver se seu coração ainda batia....
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